sábado, 23 de março de 2013
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O luto, dor dilacerante.
Perfura a alma e despedaça o coração. Na garganta perpetua um nó que nem um amor dedicado e paciente consegue desatar. O resto se desfaz. Tudo que ficou se fez inútil. A vida não mais apetece. O caminho da felicidade foi sabotado. Bem ali no meio, nem muito longe, nem muito perto; Cresceu um buraco, surgiu um buraco. Desapareceu um pedaço. Os outros caminhos não faz jus a esse pedaço. Os arredores não chamam atenção. E aí a dor nunca some. A alma novamente é perfurada. Porque eu sempre volto procurando a parte perdida do caminho. Ela nunca está lá. Tento me afastar, mas no fim do dia estou lá. E a dor despadaça a alma, dilacera o coração, faz um nó no amor e perfura a garganta. |
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
- Desde que você se foi;
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Você se foi, princesinha. Se foi quando eu não pude dizer adeus. Se foi sem me abraçar pela última vez, sem um último beijo. Você tinha noção da falta que ia fazer? Você fez assim como eles dizem? Você deu de ombros, você não se importou? Eu duvido. Duvido que quisesse partir assim e deixar a gente tão cedo...
Você sabia o quanto te amo e te amei? O quanto eu me orgulhava da moça linda e corajosa que você tinha se tornado? Tão solidária, tão amável. Você sempre foi meu tesouro mais valioso. Outro dia me lembrava de como me sentia ferida quando te machucavam. Como já sofri comprando a sua dor. E agora querem que eu aceite isso de um jeito tão mesquinho. As pessoas falam em nome de Deus, aquele a quem você se dedicou e amou tanto, e que te faria tão triste se você ouvisse... Você foi a parte mais bonita de mim. Eu vou te amar pra sempre. Nunca vou me permitir a te esquecer. Você sempre será meu bebê. Me perdoe por não estar lá por você. Eu te amo. |
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
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Não durante a noite, pelo menos. Aliás, ela me contou que não é mais da noite. Nunca foi. Não mais quer que o brilho das estrelas a acompanhe. Ela deseja muito mais. Ela quer beijar o azul do mar. Quer aquecer os dias solitários de alguém. Fazer o sorriso de uma criança acender, dourar corpos no verão. Abrir girassóis. Eu sempre soube desses seus raios. Então, me ofereci como o seu mar. E com ele mudar os tons do céu. No fim da tarde, vamos ser tons alaranjados de paixão. E nas noite aqui, quando ele estiver sorrindo para o outro lado, encarando outro mar Eu vou estar aqui, escura, sentindo a sua falta. Esperando no horizonte de amanhã, ele me tocar. E nada mais importa. Que venha a mim, meu sol. Seja nos dias claros da primavera. Seja nos dias nublados do outono. E nas noites, sei onde ele estará. E se lá em cima,a noite se rebelar juntos defederemos esse seu novo ser. Venha, meu sol Aqui tens o seu mar Sendo o nosso amor toda essa imensidão. |
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
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Há alguns dias estava voltando da faculdade com alguns amigos no metrô, o de sempre.
Bom, primeiro que, eu não acho que eu tenha experiência pra sintetizar o que é o amor, sem dizer que eu acho que é bastante relativo. E não porque eu não tenha argumentos pra defender a minha posição, mas é simplesmente por eu achar que ele vem da base que você tem de amor.
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domingo, 22 de agosto de 2010
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Será possível, depois de tantas curvas, o vento forte lentamente se transformar em uma brisa suave e confortante?
Mas até chegar lá, quantas janelas ele abrirá, quantas portas arrancará, quantos telhados comprometerá? Será sempre assim. Quantas vezes você já se fez de forte, construiu uma armadura, esperando apenas sobreviver ao vento forte, já pensando na fortaleza que te protegerá do próximo? Projeto a longo prazo, nada é subentendido, apenas objetivo. Deixando pelo caminho todas as sensações que você poderia e deveria viver. E ao fim do percurso, não haverá uma única experiência sua, não haverá uma história a qual você seja protagonista. Somente as lacunas de outros que você pôde preencher, somente figuração, pequenas partipações aqui e ali. Alguns píxeis a mais em algumas imagens que não fazem parte da sua paisagem. E sendo assim, você nunca faz parte de cenário algum. Não há trajetórias. |
sexta-feira, 30 de julho de 2010
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Antes havia torpor para tudo & todos. E por alguma razão, hoje é diferente. Sinto absolutamente tudo, e num processo que decorre lentamente. Dá tempo de saborear cada pedaço, viver cada momento.
Mas escute, não é da dor que venho lhe falar. Ela talvez nem exista. Quero mostrar é a lança, é o movimento que ela faz pra te alcançar. É a forma como ela pretende te perfurar. É a entrega total para que faça tudo corretamente. Ela tem que acenar do outro lado; Uma entrada triunfal. E não importa se você vai sentir. Não é sobre o que vai sentir. Ela te quer. Ela só precisa te consumir. É o que ela faz. E é pra isso que estamos aqui. |
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Deveria eu resguardar os meus olhos do veneno e optar por não enxergar a profundidade dos meus intensos devaneios? Ou deveria equivaler o tamanho do estrago com a canção tocada por minha pulsação em harmonia com o ritmo desacelerado que me submeto todas as vezes que me liberto dos meus delírios?
Quem mais seria eu além da perseverança ao perdão e fidelidade ao que me mantém viva? Sim, meu coração. Se possível, me arriscaria nesse abismo de incertezas, porém sentindo cada instante dessa adrenalina e vivendo essa paixão pelo desconhecido que me provoca mesmo que distante ao fundo. Melhor que me segurar e apoiar nessa pedra fria, bruta, mas segura, é me lançar, mesmo sabendo que ao cair e conhecer o fundo, poderia sucumbir, mas já não mais seria o desconhecido, apenas o intenso e letal. |